A escola é um espaço de
socialização e de diversidade. No entanto, em muitos momentos, utiliza uma
pedagogia de gênero baseada em atitudes sexistas, reforçando a desigualdade entre
meninos e meninas. Tal atitude pode criar preconceito (COSTA, 2013) e reforçar
estereótipos. Desde o ensino infantil ouvem-se professores e funcionários
comentarem que turmas compostas por maioria de meninos, normalmente, são mais
agitadas e violentas, sendo que as de meninas são mais calmas e mais fáceis de
lidar.
Os estímulos à aprendizagem podem
ser feitos de forma desigual. Por exemplo, direcionando as crianças a
atividades físicas de acordo com o sexo, meninos para o futebol e meninas para
o balé. O mesmo ocorre com as brincadeiras, meninas se relacionam com bonecas,
enquanto meninos com carros e aviões. Quando as crianças fogem dessa regra, isto
é, escapam ao padrão de comportamento, podem ser repreendidas ou castigadas.
Fonte Desconhecida
Com o crescimento este comportamento
passa a ser cada vez mais avaliado e as críticas se amplificam, desde um olhar de
reprovação até agressões verbais e físicas, que tentam por a prova o modo de
agir dos jovens. Homens com muitas amizades femininas, normalmente, podem ser
classificados de duas formas, ou têm comportamento promíscuo ou são homossexuais,
não existindo assim, meio termo. Dessa forma, sofrem preconceitos em uma fase da
vida em que passam por descobertas e formam a identidade.
Importante destacar que a marca
de imposição de gêneros já começa na vida intrauterina, quando já nos primeiros
meses de gravidez os pais fazem exames para detectar o sexo do bebê.
Segundo Simone de Beauvoir : “Não
se nasce mulher: torna-se”. Segundo o dicionário Aurélio, gênero significa
antropologicamente “A forma como se manifesta, social e culturalmente, a
identidade sexual dos indivíduos”. Portanto, podemos afirmar que não nascemos
com gênero definido, o definimos ao longo de nossa vida. Isto é, ser homem ou
mulher não envolve apenas a biologia, mas também atitudes e comportamentos. Com
base nisso, pode-se distinguir o sexo biológico, do gênero, social e culturalmente.
Logo, gênero seria toda construção sociocultural que cada sociedade cria e
afirma que são comportamentos classificados como adequados para homens e para
mulheres. Quando você se comporta de acordo com as expectativas amplamente
compartilhadas acerca de como homens e mulheres devem agir, você está adotando
um papel de gênero.
fonte:http://www.vilamulher.com.br/familia/filhos/meninos-com-bonecas-meninas-com-bolas-32013.html
Estudos antropológicos mostram
que cada cultura apresenta um significado do que vem a ser homem e mulher, em
diferentes épocas históricas. Logo, o gênero vai depender de como a sociedade,
num dado momento histórico, e em dada cultura, constroem imagens de como homens
e mulheres devem ser (SCHENATO et al, 2012). Problematizar esta questão é
fundamental para possibilitar a compreensão das múltiplas formas de relação dos
gêneros e entre os gêneros e, deste modo, questionar a ideia de preconceito (COSTA,
2013).
Estereótipos sexuais e de gênero
são construções socioculturais que limitam meninas e meninos de aprenderem as
diferentes práticas corporais, brincadeiras e modos de agir. Não intervir no
modo como vem sendo construída a educação de meninos e meninas, equivale a
apoiar o modelo existente na produção e na reprodução de estereótipos e
violência (COSTA,2013).
O Vídeo abaixo mostra que meninas também desejam ter brinquedos de meninos. Assistam e reflitam sobre o tema tratado:
http://www.youtube.com/watch?v=Sg4dhYlakJI
Outro vídeo pra esquentar o debate:
“Ela nasceu menino e ele nasceu menina,
hoje são um casal”
Debate:
Em sua opinião deve haver diferença no tratamento entre meninos e meninas?
Como podemos respeitar a opinião de nossos colegas quanto a sua identidade de gênero e/ou orientação sexual?
Debate:
Em sua opinião deve haver diferença no tratamento entre meninos e meninas?
Como podemos respeitar a opinião de nossos colegas quanto a sua identidade de gênero e/ou orientação sexual?
Referências:
Schenato, Paulo R.; Corte,
Michele D.; Dal Magro, Michele R. dos S.; Beltrami, Mônica; Taffarel, Sandra;
Pegoraro, Silvana; Flor, Simone K. Gênero
e sexualidade: a influencia dos meninos de comunicação na
adolescência. Anais do I’ Seminário Diálogos sobre Gênero e Educação:
Observando percursos, socializando aprendizagens. Bento Gonçalves – RS. 24 de
Novembro de 2012.
Costa, Maria Regina. Gênero e Sexualidade. Anais do XVIII
Congresso Brasileiro de Ciências do esporte (CONBRACE); V Congresso
Internacional de Ciências do esporte (CONICE). Brasília – DF. 02 a 07 de Agosto
de 2013.
Autoria:
Cristiano Lira e Eloá Aragão
(Licenciados em Ciências Biológicas – UFRJ)
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