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segunda-feira, 2 de março de 2015

Fogo contra fogo no combate a dengue


A dengue é um dos principais problemas de saúde pública do Brasil. Mesmo com as frequentes campanhas e programas de combate os índices alarmantes de pessoas doentes se repetem ano após ano. Mas o jogo pode estar mudando a nosso favor. Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ) em parceria com o Centro de Pesquisas René Rachou (Fiocruz/MG) estão liberando mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia pipientis no bairro de Tubiacanga, localizado na Ilha do Governador, na cidade do Rio de Janeiro, como teste de campo de uma pesquisa realizada durante dois anos. Essa pesquisa faz parte do programa internacional ‘Eliminate Dengue: our Challenge’ (Eliminar a dengue: nosso desafio) já realizado na Austrália, Vietnã e na Indonésia, com previsão de ser implantado também em outros países.

www.madsaude.com           
Estudos descobriram que a bactéria Wolbachia bloqueia a transmissão do vírus da dengue no mosquito A. aegypti, ela também inibiu a reprodução do vírus no mosquito infectado, porque compete com o vírus pelos recursos presentes nas células do mosquito. Outro efeito interessante causado pela Wolbachia é a morte dos embriões do mosquito em cruzamentos entre um macho portador da bactéria e uma fêmea não portadora. Com isso, ela pode promover tanto uma queda na taxa de transmissão do vírus da dengue, quanto no número de vetores da doença.
O programa do qual a pesquisa brasileira faz parte utiliza mosquitos infectados por Wolbachia pipientis (criados em laboratório) para disseminar a bactéria em populações naturais de Aedes aegypti. Os pesquisadores esperam que após a soltura e a infecção das populações naturais de mosquitos com a bactéria, as áreas onde as pesquisas de campo estão sendo realizadas apresentem uma redução significativa na transmissão do vírus da dengue.
          
 www.brasil.gov.br  

Porém, por outro lado, sabemos que bactérias são seres altamente mutáveis, ou seja, apresentam um grau elevado de mutações em seu material genético. Isso torna esses seres, de certo modo, imprevisíveis. Então será que a utilização da bactéria Wolbachia é 100% segura? No futuro, ela pode vir a infectar outros animais e até mesmo seres humanos? Bem, as pesquisas realizadas até agora demonstram que não e os pesquisadores garantem a segurança do processo. E você o que acha?



Assista a entrevista  de Rafael Maciel de Freitas, doutor em Biologia Parasitária , pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Departamento de Entomologia





Vídeo produzido por:
Maycon S. Alberto Santos Neves

Utilizando as informações do clipping e dos vídeos posicione-se contra ou a favor da pesquisa e construa argumentos para defender sua posição.


Referências Bibliográficas

ALBUQUERQUE, Cristiane; FERREIRA, Vinícius. Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz inicia estudo com mosquitos que podem reduzir a transmissão da dengue. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=2178&query=simple&search_by_authorname=all&search_by_field=tax&search_by_keywords=any&search_by_priority=all&search_by_section=all&search_by_state=all&search_text_options=all&sid=32&site=fio&text=eliminar+a+dengue>. 24 Set. 2014.

Autoria
Maycon S. Alberto Santos Neves e Ricardo Bittencourt Braga
Licenciados em Ciências Biológicas pela UFRJ

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