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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O SORVETE MAIS SABOROSO VEM DA SUA LAMBIDA!?!? LAMBER SORVETE NA CASQUINHA É MAIS GOSTOSO?



O sorvete é uma sobremesa muito apreciada em todo o mundo. Este alimento apresenta uma grande densidade energética. O sorvete é uma emulsão coloidal produzida com ingredientes como: gorduras, açúcar (sacarose) e proteínas. Bolhas de ar e cristais de gelo ajudam na sua composição. Mas não se preocupe com a saúde ou a estética de seu corpo, pois já podemos consumir sorvetes na modalidade “light” e “diet”. 


A Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária nos informa que “Gelados Comestíveis: são os produtos congelados obtidos a partir de uma emulsão de gorduras e proteínas; ou de uma mistura de água e açúcar (es). Podem ser adicionados de outro(s) ingrediente(s) desde que não descaracterize(m) o produto” (Resolução RDC nº266 de 22/09/2005 da ANVISA).  


A Associação Brasileira da Indústria de Sorvete (ABIS, 2013) estima que o brasileiro  consuma apenas 2 kg de sorvete por ano. Mesmo assim, nosso país é uma promessa como mercado consumidor de sorvete do mundo, atrás apenas de EUA, China e Japão.  Atualmente ocupamos o 29º lugar no ranking de consumo, considerando o volume de sorvete per capita. Este número parece pequeno perto do consumo do país líder, pois cada americano chega  a consumir 17 kg de sorvete ao ano! Estima-se que o baixo consumo brasileiro se deva ao elevado preço do produto, que aqui atinge R$ 9,00 o litro. Nos EUA o preço equivale a R$ 4,00. 

 Fábrica moderna de sorvetes
 Fábrica antiga de sorvetes


                  


Bem, como somos fãs de sorvete resolvemos polemizar com uma interessante pesquisa a respeito da forma como devemos tomar o gelado! 

O cientista Kav McMath, diz que o sorvete é melhor saboreado se consumido em casquinha. O pesquisador, especialista em estudo sensorial pela Universidade de Massey na Nova Zelândia, e também consultor do prêmio de melhor sorvete anual do país, afirma que existem circunstâncias físicas e fisiológicas que influenciam no sabor e no paladar do sorvete. Quando degustado na casquinha é espalhado de maneira igual por toda a superfície da língua, aquecendo uniformemente, sendo assim, melhor saboreado pelas papilas gustativas da língua. Quando tomado em potinho ou na colher, levamos uma grande porção do doce à boca, e esse não é distribuído de maneira uniforme sobre a língua, logo, não aquece ao mesmo tempo, perdendo sabor. 





Em contrapartida, a praticidade de se tomar o sorvete em um copinho ajuda muito na vida cotidiana. Embalagens plásticas permitem o melhor transporte da sobremesa e ajudam a evitar a bagunça causada pela degustação do mesmo. Isso sem levar em conta o fato de não haver interferência nutricional.


Questões para debate:

Qual é, em sua opinião, a melhor forma de tomar sorvete?



FONTES DE PESQUISA:

SANTOS, Grazielle Gebrim. Sorvete: processamento, tecnologia e substitutos de sacarose, disponível em:<http://sare.anhanguera.com/index.php/rensc/article/viewArticle/980 >. Acesso em 15 de outubro de 2014. 

Sorvete em casquinha é mais saboroso, diz estudo. Disponível em:<http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2008/10/31/sorvete-em-casquinha-e-mais-saboroso-diz-estudo/ >. Acesso em 15 de outubro de 2014. 

Medidas da ABIS para estimular o consumo. Disponível em:<http://www.abis.com.br/noticias_ 2010_6.html>. Acesso em 20 de outubro de 2014. 

Mercado de sorvetes. Disponível em: <. http://www.abrasnet.com.br/ clipping.php?area=16& clipping=34824>. Acesso em 20 de outubro de 2014.

Chef de Curitiba é um dos autores da melhor casquinha de sorvete do mundo. Disponível em:

Informações nutricionais. Disponível em: <http://www.bobs.com.br/cardapio/sobremesas>.  Acesso em 20 de outubro de 2014.




Maria Júlia Lima Rocha– 
Licencianda em Ciências Biológicas
– UFRJ / CCS
Bolsista PIBEX – UFRJ


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O saco plástico é um saco?

Designer da imagem: autoria própria  

Todos nós temos contato com as famosas sacolinhas plásticas no nosso dia-a-dia. Estas sacolas, feitas de polietileno, são muito usadas desde o transporte das compras dos supermercados até a utilização para embalar o lixo. Quando começamos a nos preocupar com o aquecimento global, as sacolas foram indicadas como um problema. Estima-se em 400 anos o tempo de decomposição de uma simples sacola plástica! Portanto, junto com outros tipos de plástico, contribuem negativamente quando o assunto é poluição. Pensando as sacolas como um problema, começou uma grande discussão: “O que fazer com as sacolinhas plásticas? Banir e substituir ou conscientizar as pessoas sobre o seu uso?”

O que é polietileno?

É um composto químico formado de cadeias do elemento químico carbono, presente na matéria-prima para a produção dos diversos tipos de plásticos.


Considerando o impacto ambiental dos sacos plásticos, o Ministério do Meio Ambiente lançou uma campanha visando o consumo consciente, com um tema bem sugestivo: “O saco é um saco”.
Existem vários argumentos contra a sacolinha, começando pela forma como é produzida. A matéria-prima para sua fabricação é o petróleo, um recurso natural não-renovável. Além disso, elas também ajudam a sujar muito nossas cidades e oceanos, isso porque a sacola é descartada de maneira incorreta. Para solucionar o problema, a campanha sugere que as pessoas troquem a sacola plástica, por exemplo, por ecobags, feitas de algodão que podem ser lavadas e reutilizadas por muitos anos, ou ainda caixas de papelão, já que estas demoram menos tempo para se decompor.



                            

Curiosidade: Vários animais são prejudicados quando veem uma sacola na água, porque a confundem com alimento. Um exemplo são as tartarugas, elas se alimentam de medusas, conhecidas popularmente como águas-vivas, e quando as sacolas estão boiando na água, elas pensam ser seu alimento e muitas vezes morrem engasgadas!

                                         


      Imagem: ima.ufrj.br

Apesar de todos esses problemas, um estudo realizado pela Agência Ambiental do Reino Unido sugere o contrário, sacolas plásticas causam menos impactos ambientais do que as sacolas de pano. Para chegarem a essa conclusão, eles avaliaram e compararam o ciclo de vida de vários tipos de sacolas, ou seja, desde a sua produção até a sua decomposição. Segundo o estudo, para produzir uma ecobag são necessários tantos recursos que elas deveriam ser reutilizadas pelo menos 100 vezes para compensar sua produção e que as sacolas de papel deveriam ser reutilizadas somente 3 vezes mais. Entretanto, a fragilidade do material não permitiria que elas chegassem a esse tempo de vida útil. Já as sacolas de plástico só precisariam ser reutilizadas 5 vezes para compensar seu impacto ambiental, e como são resistentes, são reutilizadas “várias” vezes no dia-a-dia das pessoas e, geralmente, têm como destino final descartar o lixo residencial. O lixo embalado nas sacolas plásticas teria a vantagem de promover a saúde pública. 

Imagem: Associação Nacional de Gestores Ambientais (ANAGEA)


O blog Ecodebate, contesta o estudo feito pelos britânicos, a partir de uma situação hipotética. Eles sugerem que uma pessoa pode fazer várias compras utilizando apenas uma sacola de pano, enquanto, geralmente, as sacolas plásticas são de uso único nas compras, ou seja, descartáveis. O que promove uma maior reutilização das sacolas de pano comparadas às sacolas plásticas. Por serem mais consumidas a produção de sacolas plásticas é muito maior, causando um enorme impacto ambiental. Engrossando o debate, o argumento do diretor executivo da Plastivida, o engenheiro químico Miguel Bahiense, afirma que: “o trabalho dos britânicos seguiu todos os parâmetros, normas e exigências técnico-científicas e que não é aconselhável proibir um produto considerado o mais seguro do ponto de vista ambiental”.

VAMOS AO DEBATE:


PESQUISE COM AMIGOS E FAMILIARES: que destino dão às sacolas de plástico? Quantas vezes elas são reutilizadas?

DEFENDA A SUA OPINIÃO SOBRE ESTA CONTROVÉRSIA.


Para esquentar o debate...

Assista aos vídeos: 


  • Desabafo da sacola plástica, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2r0Ky7-Rdow


  • Campanha "Saco é um saco", disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ELTqwj9gz5A



Bibliografia:



Autoria:

Maiara Pereira Barreto (Licencianda de Ciências Biológicas/ Bolsista PIBEX – UFRJ)





segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Nagoya: o que vem pela frente?


O Protocolo de Nagoya (nome verdadeiro: Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos Genéticos e a Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Advindos de sua Utilização), que entrará em vigor em 12 de outubro de 2014, foi criado para regulamentar o uso da biodiversidade e como devem ser divididos os lucros gerados por sua exploração. Seu texto diz que comunidades com conhecimentos tradicionais, que vivam na localidade de extração de matérias-primas, sejam também possuidoras de uma parte do lucro gerado com a exploração.
A ratificação do documento inicial por 51 países-membros da Convenção Sobre Diversidade Biológica, não contará com a participação brasileira, pois o Brasil não cumpriu os prazos para envio dos seus compromissos com o Protocolo.
A bancada ruralista se posiciona contrária à assinatura do Protocolo de Nagoya. A bancada argumenta que ele irá gerar a cobrança de royalties sobre a exploração de nossos principais produtos de exportação, que apesar de produzidos em larga escala em nossas terras, são espécies exóticas, a exemplo dos gados Simental, originário da Suíça e do gado Nelore, que vem da Índia; da soja e laranja, provenientes da China; do arroz das Filipinas; do cacau mexicano; trigo asiático; café da Etiópia, dentre muitos outros (MMA, 2014).
"Nós temos a maior biodiversidade do mundo, mas, além disso, nosso setor agrícola depende de espécies que não são nativas, por isso seria do nosso interesse estar lá para discutir como isso vai ser regulamentado", afirma o biólogo Carlos Joly, da Unicamp, que integra a Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos.


Ambientalistas defendem o Protocolo e rebatem o argumento dos ruralistas, alegando que a regulamentação sobre a produção de alimentos já é prevista pelo Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura, assinado pelo Brasil em 10 de junho de 2002. Além disso, afirmam que o Protocolo não será retroativo, ou seja, só valerá para atitudes tomadas depois de sua entrada em vigor.
Mesmo sem a ratificação do texto, o Brasil será obrigado a cumprir o que este determinar, visto que faz parte da bancada da Convenção Sobre Biodiversidade Biológica da Organização das Nações Unidas. Não devemos desconsiderar que o Brasil ainda é o país com a maior biodiversidade do planeta, alojando mais de 20% do número total de espécies do planeta, segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA).


QUESTÃO PARA DEBATER:
Compare os argumentos apresentados: ruralistas, ambientalistas e do biólogo da UNICAMP. Qual dos argumentos você defenderia?

Bibliografia













  • Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6476.htm. Acesso em 6 de outubro de 2014


Maria Júlia Lima Rocha– 
Licencianda em Ciências Biológicas
– UFRJ / CCS
Bolsista PIBEX – UFRJ