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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Emissário submarino de esgoto: vilão ou solução?

Na cidade do Rio de Janeiro temos uma estimativa de produção de, aproximadamente, 80 a 160 litros de esgoto por pessoa, por dia. Em uma cidade grande, com a população crescendo a cada ano, esse número torna-se um problema ainda maior! O que fazer com o esgoto em uma grande cidade? Afinal, o tratamento e a destinação final do esgoto devem atender a demanda do presente e prever o crescimento da população no futuro.
O emissário submarino foi uma solução criada para nos “livrarmos” do esgoto produzido na cidade. Muitos acham que ele nada mais é que o lançamento de dejetos no fundo do mar e que polui cada vez mais as praias cariocas. Porém, autoridades da cidade do Rio de Janeiro acham que o emissário submarino é muito eficiente, desde que seja bem dimensionado e acompanhado de um pré-tratamento da matéria orgânica. No caso dos bairros de Ipanema e da Barra da Tijuca, por exemplo, são jogados 900 litros/segundo de esgoto no mar.
Após superficialmente tratado, o emissário submarino lança o esgoto no mar a uma grande distância da costa. A diferença entre a velocidade do esgoto e das correntes no local promove uma mistura da água do mar com o esgoto, diluindo-o. Como o esgoto é menos denso que a água do mar, ele fica na superfície. Dessa forma, algumas bactérias presentes no esgoto morrem na presença de raios ultravioletas e de água salgada. Visto desta forma o emissário pode ser considerado um eficiente método de tratamento de esgotos, mas será verdade?
Ambientalistas afirmam que emissários necessitam de monitoramento constante, pois há possíveis impactos causados à qualidade da água e ao meio ambiente, como: contaminações microbiológicas que causam aumento de matéria orgânica no mar, acúmulo de sedimentos que afetam a ecologia local, aumento dos níveis de toxicidade e, consequentemente, prejuízos para a indústria pesqueira e a saúde da população.




























DEBATE PARA A SALA DE AULA

§  Será que a emissão de esgoto prejudica o banho nas praias?
§  Existe uma quantidade limite a ser jogada no mar?
§ O que fazer com o esgoto em uma grande cidade? Quais as alternativas?



Fontes de informações:
FELIX, M. C. Investigação da influência do emissário submarino da Barra da Tijuca no seu entorno através do monitoramento de parâmetros físico-químicos, carbono orgânico total e particulado, nitrogênio orgânico particulado, nutrientes e hpas. IN: http://www.puc-rio.br/pibic/ relatorio_resumo2011/Relatorios/CTC/QUI/QUI-Mariana%20Cunha%20Felix.pdf 


Autoria: Anna Karolina (Licencianda em Biologia/UFRJ)

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