Na cidade do Rio
de Janeiro temos uma estimativa de produção de, aproximadamente, 80 a 160
litros de esgoto por pessoa, por dia. Em uma cidade grande, com a população
crescendo a cada ano, esse número torna-se um problema ainda maior! O que fazer
com o esgoto em uma grande cidade? Afinal, o tratamento e a destinação final do
esgoto devem atender a demanda do presente e prever o crescimento da população
no futuro.
O emissário
submarino foi uma solução criada para nos “livrarmos” do esgoto produzido na
cidade. Muitos acham que ele nada mais é que o lançamento de dejetos no fundo
do mar e que polui cada vez mais as praias cariocas. Porém, autoridades da
cidade do Rio de Janeiro acham que o emissário submarino é muito eficiente, desde que seja bem dimensionado e
acompanhado de um pré-tratamento da matéria orgânica. No caso dos bairros de
Ipanema e da Barra da Tijuca, por exemplo, são jogados 900
litros/segundo de esgoto no mar.
Após
superficialmente tratado, o emissário submarino lança o esgoto no mar a uma
grande distância da costa. A diferença entre a velocidade do esgoto e das
correntes no local promove uma mistura da água do mar com o esgoto, diluindo-o.
Como o esgoto é menos denso que a água do mar, ele fica na superfície. Dessa
forma, algumas bactérias presentes no esgoto morrem na presença de raios
ultravioletas e de água salgada. Visto desta forma o emissário pode ser
considerado um eficiente método de tratamento de esgotos, mas será verdade?
Ambientalistas afirmam que emissários necessitam
de monitoramento constante, pois há possíveis impactos causados à qualidade da
água e ao meio ambiente, como: contaminações microbiológicas que causam aumento
de matéria orgânica no mar, acúmulo de sedimentos que afetam a ecologia
local, aumento dos níveis de toxicidade e, consequentemente, prejuízos para a
indústria pesqueira e a saúde da população.
DEBATE PARA A SALA DE AULA
§
Será que a emissão de esgoto prejudica o
banho nas praias?
§
Existe uma quantidade limite a ser jogada no
mar?
§ O que fazer com o esgoto em uma grande
cidade? Quais as alternativas?
Fontes de informações:
FELIX, M. C. Investigação
da influência do emissário submarino da Barra da Tijuca no seu entorno através
do monitoramento de parâmetros físico-químicos, carbono orgânico total e
particulado, nitrogênio orgânico particulado, nutrientes e hpas. IN: http://www.puc-rio.br/pibic/
relatorio_resumo2011/Relatorios/CTC/QUI/QUI-Mariana%20Cunha%20Felix.pdf
Autoria:
Anna Karolina (Licencianda em Biologia/UFRJ)
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