Get me outta here!

sexta-feira, 26 de abril de 2013


LIXÃO x ATERRO

O lixo é o principal poluidor do solo. Sua decomposição gera o chorume e o gás metano. O chorume é um líquido muito poluente que pode atingir os lençóis de água subterrâneos. O metano é um gás altamente inflamável e um dos principais causadores do efeito estufa.
         De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2008, foram coletadas 183,5 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia no Brasil. E para onde vai esse lixo?
No país há três destinos finais para o lixo: o Lixão, o Aterro Controlado e o Aterro Sanitário. Mas qual a diferença entre eles?

Um lixão é uma área na qual o lixo é acumulado a céu aberto e sem nenhuma preparação anterior do solo. Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo livremente. Não possui sistema de tratamento e nenhum procedimento que evite as conseqüências ambientais negativas. Nessas condições, cerca de 600 mil pessoas em todo o Brasil são catadores que se sustentam do lixo.


aterro controlado é uma fase intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. O solo é preparado com uma manta para receber os resíduos e o lixo recebe cobertura de argila e grama. Há captação do gás metano e recirculação do chorume, na tentativa de diminuir sua lixiviação para os lençóis freáticos. 


Já o aterro sanitário, que é a disposição adequada para os resíduos sólidos urbanos, tem seu terreno preparado antes com o nivelamento de terra e selamento da base com argila e mantas resistentes de polietileno. Com essa impermeabilização do solo, o lençol freático não será contaminado pelo chorume. Este é coletado através de drenos e encaminhado para a estação de tratamento de efluentes. Há a cobertura  diária do lixo com terra, não ocorrendo proliferação de vetores e mau cheiro. O gás metano é captado e incinerado. 

                               


DEBATE PARA A SALA DE AULA:

·          O aterro sanitário foi a solução encontrada para a disposição final do resíduo urbano no Brasil. Ele gera algum impacto socioambiental?
·          Haveria outra solução para a disposição final do lixo?

Fontes de informações e fotos:

Autoria: Anna Karolina Amaro (Licencianda em Biologia/ UFRJ)

quinta-feira, 25 de abril de 2013


PROGRAMA DE ENFRENTAMENTO AO CRACK, A DROGA LETAL.

O crack é uma droga obtida a partir da mistura da cocaína com bicarbonato de sódio e água.  Geralmente, é fumado com cachimbos improvisados, feitos de latas de alumínio e tubos de PVC, permitindo a inalação de grande quantidade de fumaça. Depois de inalada, a fumaça é absorvida nos alvéolos pulmonares, demorando aproximadamente 15 segundos para a droga ser absorvida, causando sensação de euforia, agitação, sensação de prazer, irritabilidade, alterações da percepção e do pensamento, assim como alterações cardiovasculares, como taquicardia e tremores. Por ser facilmente absorvida, pode causar dependência química mais rapidamente. Além desses efeitos físicos causados pelo crack, há ainda a manifestação de doenças pulmonares, sintomas digestivos e alterações na produção e captação de neurotransmissores, levando a prejuízo das habilidades cognitivas (inteligência) envolvidas especialmente com a função executiva e com a atenção, prejuízos à memória, e à concentração. O indivíduo pode apresentar ainda transtorno bipolar e depressão, geralmente associadas ao período de abstinência.
Mas não é somente o corpo que é destruído pelo crack, os efeitos do uso contínuo da droga para a vida social e familiar do usuário são devastadores. Tudo isso acaba por fazer com que o individuo não sinta mais prazer no convívio familiar, não se sinta mais capacitado para estudar ou trabalhar.  Há ainda associação do uso do crack, com outras drogas, resultando em episódios violentos – tanto executados quanto sofridos pelos usuários desta droga.
Para combater o uso e o vício em crack, o Governo Federal lançou o ‘Programa de Enfrentamento ao Crack – é possível vencer’, com investimento previsto de R$ 4 bilhões de reais até 2014 e a promoção de ações políticas públicas integradas em diversos setores como saúde, educação, assistência social e segurança pública; com responsabilidade compartilhada entre união, estados e municípios. O programa tem como pilares: a assistência social fornecida pelo Sistema Único da Assistência Social, órgão vinculado ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e órgãos a ele vinculados, tendo como foco preservar agravamentos nos casos de dependência, desenvolver a autonomia individual do usuário, buscar alternativas para novos projetos de vida e auxiliar as famílias envolvidas. A prevenção do problema por meio da capacitação de professores e policiais militares educadores para explicar o efeito das drogas nas escolas e a promoção de ações integradas entre as policiais federais e estaduais no combate ao narcotráfico.
Para o professor do Departamento de Saúde da Família da Faculdade de Medicina da UFBA, Tarcisio Andrade, é um equívoco abordar o uso do crack como uma questão específica, sob o risco de desvincular o problema do contexto em que está inserido. Segundo ele, o problema tem que ser analisado sob uma perspectiva socioeconômica, considerando que a maior parte dos usuários de crack é jovens de 15 a 25 anos, fora do mercado de trabalho e sem nível educacional que lhes garanta uma boa colocação nesse mercado, geralmente homens sem nenhuma perspectiva concreta de futuro. “O erro da política atual é não enxergar esse aspecto”, avalia. “Embora a mídia e a própria estrutura capitalista o tempo inteiro digam que tudo é possível, isso não é verdade... há essa falsa ideia de igualdade e essa população está excluída”, conclui o professor.


 


 . 
DEBATE PARA A SALA DE AULA

*      Existe relação entre o consumo de drogas e o desemprego entre jovens?
*      Quais são as consequências sociais do consumo de crack?
*      Quais são as possíveis soluções para o enfrentamento do vício ao tráfico? 

  

Fontes:
Revista Poli - Saúde, Educação e Trabalho,n°22, ano IV mar/abril,2012 – www.revista.epsjv.fiocruz.br.

AUTORIA: Arina S. Paixão
                                                                      Licencianda em Ciências Biológicas 

terça-feira, 16 de abril de 2013


SEGUNDA-FEIRA, 8 DE OUTUBRO DE 2012

BEM-VINDO AO PROJETO CLIPPING SOCIOAMBIENTAL: INFORMAÇÃO E DEBATE NAS SALAS DE AULA

PÚBLICO A QUEM SE DESTINA:
Professores das redes públicas de ensino - Municipais, Estaduais e Federais.
Estudantes de licenciatura de diversas áreas.

O PROJETO:

Proposta de extensão 'Projeto Clipping Socioambiental, informação e debate nas salas de aula' tem como objetivos:(a) criar uma rede de notícias socioambientais confiáveis que possa ser acessada e chegar às escolas através do formato de 'clipping'; (b) incentivar o acesso e o uso de informações que não se restrinjam àquelas produzidas pelas empresas de comunicação; (c) propor o uso de 'clippings' como material educativo para aulas de disciplinas diversas; (d) disponibilizar via rede de computadores debates a partir de controvérsias sócio-científicas e políticas contemporâneas; (e) incentivar o uso de debates nas salas de aula, que valorizem a crítica e a argumentação por parte dos alunos-leitores. Com o desenvolvimento do projeto, poderemos inserir imagens e vídeos, com entrevistas, reportagens in loco, debates em sala de aula etc. Temos como meta estabelecer um processo de trocas e de interação que incluirá etapas de implantação e avaliação frequentes, visando a melhoria do material educativo, o atendimento às necessidades dos professores e aos seus interesses temáticos. Esse projeto articula-se às ações de pesquisa do ‘Projeto Classe’ e de extensão do 'Projeto Fundão Biologia', que desenvolve, desde 1983, ações de formação continuada de professores.

Participe do nosso trabalho enviando sugestões temáticas e avaliando o material produzido!


O MATERIAL:
Pretendemos postar semanalmente novos materiais. O objetivo é que o professor acesse livremente, selecione a(s) temática (s) e utilize o material em suas aulas. Contendo informações divergentes sobre temas que favorecem a argumentação por parte dos alunos, os clippings conterão também questões que visam "esquentar" as discussões em sala de aula.

EXTINÇÃO NÃO TEM VOLTA
Hoje existem apenas 300 baleias francas do atlântico norte e 99% das baleias azuis já foram eliminadas. Estes majestosos gigantes estão ameaçados de extinção. O caso da baleia azul é um dentre milhares de espécies ameaçadas de extinção. O ataque a biodiversidade do planeta Terra não para. Como resultado um terço de todas as formas de vida no planeta estão à beira da extinção.
A ameaça e a destruição da biodiversidade são causadas pela atividade humana, poluição e exploração, objetivando lucros limitados pela própria capacidade dos sistemas de produzir recursos.
2010 foi declarado o Ano da Biodiversidade. Na semana de 25 a 29 de outubro de 2010, 193 governos se reuniram no Japão para enfrentar esta crise.
O DEBATE...
Uma proposta para evitar a extinção de espécies é a criação de áreas protegidas cobrindo 20% das terras e mares da Terra até o ano de 2020.
*        Você concorda com esta proposta?
*        Que outras propostas você poderia sugerir para o Tratado da Biodiversidade?


Fonte:   http://www.wwf.org.br.
Organização, pesquisa e edição: Equipe do Projeto Clipping.

Extinção e desenvolvimento: o caso da rã de Seropédica



   O  caso das espécies  ameaçadas de   extinção é,   segundo os biólogos,  um grave problema ambiental, pois, além de a extinção ameaçar a biodiversidade e as interações entre os seres vivos, algumas espécies que foram pouco estudadas podem ser importantes para o planeta e para o homem.  Na Floresta Nacional Mario Xavier (FLONAMAX), em Seropédica, encontramos uma espécie de rã denominada Physalaemus soaresi, a qual é encontrada somente nos menos de 500 hectares dessa floresta, isto é, uma espécie endêmica.
Porém, a floresta foi alvo de uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por onde passaria o arco metropolitano, com a construção de estrada e ruas. Como consequência, haveria a remoção de terra e o trânsito de caminhões durante a obra que poderiam ser fatais para a espécie.
Desta forma, a necessidade de preservação da espécie entra em conflito com a construção de uma estrada considerada fundamental por muitos motoristas e empreiteiros, que alegam que os engarrafamentos trazem grandes prejuízos econômicos e levam os viajantes a um grande estresse. Por isso, estes defendiam a continuação das obras ao invés de conservar a espécie.
Após a movimentação de biólogos, as obras do Arco Metropolitano foram paralisadas por mais de um ano, até que o governo decidiu construir um viaduto que não interferisse no habitat desta raríssima espécie.


Physalaemus soaresi




 















DEBATE PARA A SALA DE AULA:

Rã de 2 cm
Entre a construção da estrada e a preservação da biodiversidade, pense quais as consequências:
*       para a população que usa transporte público e leva muito tempo em engarrafamentos;
*       para os trabalhadores envolvidos na obra desta estrada;
*       para a sobrevivência de uma espécie animal que tem direito a vida e se extinguiria com a construção da estrada.


Fontes de informação:
Fonte das imagens:


Autoria: Rosilaine de Fátima Wardenski
Licencianda em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 11 de abril de 2013



BRT, melhoras no transporte público versus caos urbano

O BRT (Bus Rapid Transit, sigla em inglêsTranscarioca é um corredor exclusivo para ônibus articulados que liga a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, reduzindo em 60% o tempo de viagem. O novo corredor viário tem 39 quilômetros de extensão, passando por bairros como Madureira e Penha, região importante do subúrbio carioca. Segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro o BRT irá melhorar e muito a mobilidade urbana na cidade, principalmente no deslocamento entre as zonas Norte e Oeste, ou melhor, da Barra da Tijuca ao Aeroporto Tom Jobim.

“Essa obra é a mais importante da cidade porque ela não é só um corredor de transporte mudando completamente a lógica de comportamento das pessoas de todo o subúrbio carioca. É uma revolução urbana”, afirma o Prefeito Eduardo Paes.

                Entretanto, a obra continua gerando problemas de desapropriação.  Para a construção das vias, foi preciso demolir casas, comércio, igrejas e escolas.  São mais de 3 mil famílias já desapropriadas reclamando que o governo não está ressarcindo-as ou cumprindo com os contratos de remoção.
                Outra crítica refere-se ao BRT não ser a melhor opção para resolver o problema do transito na cidade do Rio de Janeiro, já que este não é um meio de transporte de alta capacidade como quer fazer crer a Prefeitura.
                Segundo o site Caoscarioca em matéria publicada no dia 10 de abril, o único jeito de o BRT não ser um fracasso total é investir pesado no Metrô e na SuperVia porém, não se ouve falar em construir mais linhas, somente em melhorar as atuais.

 




 DEBATE PARA A SALA DE AULA:

*      A Prefeitura do Rio diz que a Transcarioca é um benefício, mas quem realmente será beneficiado com essa obra - empreiteiras ou usuários?

*      Será que os moradores desapropriados para a construção do BRT são realmente ressarcidos ou recebem novas moradias?

*      Os trens e metrôs continuarão superlotados e sem qualidade e conforto. Será a Transcarioca uma melhoria ou mais uma fonte de sofrimento para os cariocas?


FONTE: HTTP://WWW.CAOSCARIOCA.COM.BR/2011/MUDANCA-POLEMICA-NA-TRANSCARIOCA/

             http://transcariocanao.blogspot.com.br/

AUTORIA: LEILANE FASOLLO DE AZEVEDO.

Licencianda de Ciências Biológicas da UFRJ