Os mosquitos do gênero Aedes
são vetores de diversas doenças, a dengue por exemplo pode ser encontrada no Aedes aegypti, no Aedes albopictus e no Aedes
polynesiensis.
Com o primeiro registro na África, em 1881, o Aedes aegypti foi reconhecido pela
primeira doença que transmitia, a Febre Amarela. Estudos indicam que ele chegou
nas Américas através de embarcações da Europa, tendo sua primeira aparição no
Brasil em 1898. Em 1906 surgem as primeiras evidencias de que ele também era
vetor da dengue. Atualmente, o mosquito
Aedes é reconhecido como vetor de 4 doenças: Febre Amarela, Zika,
Chikungunya e Dengue. O mosquito é combatido no mundo desde o século XIX.
Enquanto o Aedes
aegypti é um mosquito que predomina em qualquer lugar onde possa se
reproduzir e esteja mais intimamente ligado a vida humana, o Aedes albopictus é preferencialmente um
mosquito de florestas e ambientes rurais, a espécie é mais frequente na África
e nas Américas, tendo sua primeira aparição no Estado do Rio de Janeiro em
1986. O Aedes albopictus tem
capacidade de transmitir a Dengue, Febre Amarela e a Encefalite Equina
Venezuelana. O Aedes polynesiensis também é vetor da Dengue e de outras doenças, como a Filariose (infestação do sangue e dos
tecidos por diversos vermes Filaria, e causa
reação inflamatória e obstrução dos vasos sanguíneos) e a Dirofilariose canina.
No Brasil, inicialmente o Aedes aegypti transmitia somente Dengue, com casos isolados de
Febre Amarela, porém, com o passar dos anos e com todas as condições favoráveis
para sua reprodução o mosquito passou a ter variações genéticas que o tornaram
um agente intermédio de outras doenças como a Zika e a Chikungunya.
Vejamos a seguir alguns fatos que “ajudam” na dispersão do
mosquito:
Ele tem grande capacidade de adaptação ao ambiente humano.
Preferencialmente coloca seus ovos em água limpa, porém pode desovar em águas ricas
em matéria orgânica. Sendo assim, qualquer objeto pode servir de criadouro para
seus ovos e larvas.
Caso o ambiente deixe de ser favorável para a eclosão da
larva, os ovos têm capacidade de permanecer latentes por até 1 ano, até que o
local volte a ser favorável, então as larvas eclodem e em 7 dias há novos
mosquitos.
A fêmea distribui os ovos, ou seja, ela não faz uma única desova, ela distribui seus ovos em diversos locais, assim a chance de sobrevivência é maior.
Outros mosquitos ou pernilongos têm habito noturno, o que não acontece com o Aedes, ele pode se alimentar de manhã ou a noite, dependendo da disponibilidade de alimentos.
Graças a grande plasticidade genética do mosquito, muitos vírus puderam evoluir juntamente com ele, e se adaptaram um ao outro.
O vírus pode ser passado da fêmea para os ovos, então não é preciso que os filhotes adquiram o vírus de outro meio, ele já nasce com ele.
A fêmea distribui os ovos, ou seja, ela não faz uma única desova, ela distribui seus ovos em diversos locais, assim a chance de sobrevivência é maior.
Outros mosquitos ou pernilongos têm habito noturno, o que não acontece com o Aedes, ele pode se alimentar de manhã ou a noite, dependendo da disponibilidade de alimentos.
Graças a grande plasticidade genética do mosquito, muitos vírus puderam evoluir juntamente com ele, e se adaptaram um ao outro.
O vírus pode ser passado da fêmea para os ovos, então não é preciso que os filhotes adquiram o vírus de outro meio, ele já nasce com ele.
Para combater o mosquito, a forma mais utilizada em
residências é o inseticida, pois ainda há muita carência de informação para que
a população faça o controle e a correta verificação da sua residência, a fim de
evitar a procriação do mosquito. Porém, o uso contínuo desses produtos provocou
e tem provocado o aparecimento de populações resistentes. Quando nos deparamos com
esse tipo de situação a primeira alternativa é utilizar uma maior quantidade de
produto, porém a resistência é proporcional a intensidade de uso. Quanto mais
produto você utilizar, mais rapidamente vai acontecer a seleção de populações
cada vez mais resistentes, causando uma maior complicação no controle desse
vetor, sendo necessário a utilização de outras substancias com modos diferentes
de ação.
Não podemos esquecer que o uso excessivo de inseticidas pode
afetar a saúde do homem que entra em contato com esses produtos químicos, pode
haver intoxicação, e também afetar o equilíbrio natural, como a eliminação de
outros animais benéficos, e a contaminação da água, solo e da atmosfera. Todos
esses fatores levam a ciência a buscar alternativas para efetuar o controle de
vetores, o que ainda está sendo estudado.
Questão para debate:
Como você acha que podemos diminuir o aparecimento desses mosquitos em nossa casa?
Você acha que é possível controlar os vetores, de forma natural? Como?
Como você acha que podemos diminuir o aparecimento desses mosquitos em nossa casa?
Você acha que é possível controlar os vetores, de forma natural? Como?
Referencias
BRAGA, Ima; VALLE, Denise. Aedes aegypti – Inseticidas,
mecanismos de ação e resistência. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/rscontraaedes/materiais/artigo-aedes-aegypti-inseticidas-mecanismos-de-acao-resistencia.pdf>.
Acesso em: 04 de março de 2016.
BARIFOUSE, Rafael. Porque o mosquito Aedes Aegypti transmite
tantas doenças? Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151202_aedes_aegypti_vetor_doencas_.
Acesso em: 04 de março de 2016.
BARRETO, Cleyde. Aedes, resistência aos inseticidas químicos
e as novas alternativas de controle. Disponivel em:<http://docplayer.com.br/115330-Aedes-aegypti-resistencia-aos-inseticidas-quimicos-e-as-novas-alternativas-de-controle.html>. Acesso em: 06 de março de 2016.
PALMA, Ana; OLIVEIRA, Miguel. Outros transmissores da
Dengue. Disponivel em: <http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1411&sid=2>.
Acesso em: 07 de março de 2016.
Filariose Linfatica. Disponivel em: <http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=106&sid=8>. Acesso em: 07 de março de 2016.
AUTORIA:
Jacykaysla Pacheco da Silva - Licencianda em Ciencias Biologicas/UFRJ - PIBEX
0 comentários:
Postar um comentário