Cadê as águas de março, abril, maio junho...?
São Paulo, a poderosa e única megalópole do país é famosa
por ser a terra da garoa. Seus moradores, nos últimos meses, têm feito uma
pergunta frequente: “o que vem acontecendo com a nossa água?” É visível o desabastecimento
de água, um dos artigos básicos à vida. Governo, ONGs e população tentam defender seus pontos de
vista e necessidades, mas o mistério permanece: como resolver o problema da
falta d’água?
Com a irregularidade de chuvas durante o verão de 2013/2014
o sistema de abastecimento de Alto do Cantareira sofre com uma estiagem jamais
vista. Os níveis de seus reservatórios já atingiram menos de 15%. Para manter
um abastecimento regular a SABESP (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo)
lançou mão de um recurso um pouco duvidoso, a utilização do chamado ‘volume
morto’ do Sistema Cantareira.
No meio a crise de abastecimento o governo de São Paulo
afirma que não há necessidade de racionamento de água. Entretanto, a população
já sofre com a falta de água nas torneiras. O IDEC (Instituto Brasileiro de
Defesa do Consumidor) liberou dados de uma pesquisa realizada entre os dias 26
de julho e primeiro de agosto, onde 73% dos relatos dos consumidores informam a
falta de água durante a noite, 9% durante a manhã e 13% durante o dia e a noite. 5% dos moradores informam que as torneiras
secam no período da tarde.
A frequência da falta de água ficou distribuída assim: todos os dias, uma vez por dia - 73%; mais de uma vez por semana - 17%; mais de uma vez por dia - 5% ; 1 vez por semana - 3%; uma vez por mês - 1%; mais de uma vez por mês - 1%.
De acordo com os relatos, as regiões mais afetadas com a falta de abastecimento de água são, respectivamente são: a zona Oeste (24%), Norte (23%), Sul (20%), Leste (25%) e Grande São Paulo (8%). Outro dado alarmante é que 59% dos participantes percebem comprometimento na qualidade de água fornecida. (Fonte: IDEC, 2014)
Questões para debate:
O que pode
ter causado a estiagem que vem afetando
o abastecimento do Sistema Cantareira: interferência humana que causa o aquecimento global ou a ausência
de planejamento do governo paulista? As
duas possibilidades podem ser complementares?
Quais
medidas deveriam ser tomadas, em sua opinião, para melhorar a distribuição de
água e prevenir um racionamento na cidade de SP?
Para aprofundar o debate.
Não é a primeira vez que você vê um tema assim aqui, uma boa leitura complementar é o clipping sobre mudanças climáticas.
Veja também.
Fontes:
Autoria
Maria
Júlia Lima Rocha
Licencianda
em Ciências Biológicas – UFRJ / CCS
Bolsista
PIBEX – UFRJ
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