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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Cadê as águas de março, abril, maio junho...?

Cadê as águas de março, abril, maio junho...? 




São Paulo, a poderosa e única megalópole do país é famosa por ser a terra da garoa. Seus moradores, nos últimos meses, têm feito uma pergunta frequente: “o que vem acontecendo com a nossa água?” É visível o desabastecimento de água, um dos artigos básicos à vida. Governo, ONGs  e população tentam defender seus pontos de vista e necessidades, mas o mistério permanece: como resolver o problema da falta d’água?
Com a irregularidade de chuvas durante o verão de 2013/2014 o sistema de abastecimento de Alto do Cantareira sofre com uma estiagem jamais vista. Os níveis de seus reservatórios já atingiram menos de 15%. Para manter um abastecimento regular a SABESP (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) lançou mão de um recurso um pouco duvidoso, a utilização do chamado ‘volume morto’ do Sistema Cantareira.

 O chamado ‘volume morto’ é composto por águas mais profundas do sistema, isto é, aquelas que não foram usadas e se acumularam no fundo dos reservatórios. Por esse fato, podem conter poluentes que são prejudiciais à saúde da população. Outro risco de se utilizar o ‘volume morto’ é o fato de ser uma reserva de emergência, e se o ciclo da chuva não se regularizar nos próximos meses, o rombo no Sistema Cantareira pode passar de 30% negativos em 2015.

No meio a crise de abastecimento o governo de São Paulo afirma que não há necessidade de racionamento de água. Entretanto, a população já sofre com a falta de água nas torneiras. O IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) liberou dados de uma pesquisa realizada entre os dias 26 de julho e primeiro de agosto, onde 73% dos relatos dos consumidores informam a falta de água durante a noite, 9% durante a manhã e 13% durante o dia e a noite.   5% dos moradores informam que as torneiras secam  no período da tarde.
A frequência da falta de água ficou distribuída assim: todos os dias, uma vez por dia - 73%; mais de uma vez por semana - 17%; mais de uma vez por dia - 5% ; 1 vez por semana -  3%;  uma vez por mês - 1%; mais de uma vez por mês - 1%. 

De acordo com os relatos, as regiões mais afetadas com a falta de abastecimento de água são, respectivamente são: a zona Oeste (24%), Norte (23%), Sul (20%), Leste (25%) e Grande São Paulo (8%). Outro dado alarmante é que 59% dos participantes percebem comprometimento na qualidade de água fornecida. (Fonte: IDEC, 2014)



        Questões para debate:

O que pode ter causado a estiagem  que vem afetando o abastecimento do Sistema Cantareira: interferência humana  que causa o aquecimento global ou a ausência de planejamento  do governo paulista? As duas possibilidades podem ser complementares?
Quais medidas deveriam ser tomadas, em sua opinião, para melhorar a distribuição de água e prevenir um racionamento na cidade de SP?

Para aprofundar o debate.

Não é a primeira vez que você vê um tema assim aqui, uma boa leitura complementar é o clipping sobre mudanças climáticas.

Veja também.


 



Fontes:

Autoria
Maria Júlia Lima Rocha 
Licencianda em Ciências Biológicas – UFRJ / CCS
Bolsista PIBEX – UFRJ










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