Ler com pouca iluminação enfraquece a visão?
‘’Menino,
acende essa luz! Ler no escuro estraga a vista!” Quem nunca ouviu os pais
dizendo isso”? Mas será que a quantidade de luz que usamos
para ler realmente importa? Ler sem luz causa danos a longo prazo para os
nossos olhos?
Uma coisa é certa, para
que possamos enxergar, é preciso a presença de luz, pois ela torna possível a
visão e a percepção das
cores. Um local melhor iluminado permite que possamos enxergar melhor, com
cores mais vivas e maior contraste, tornando o esforço visual menos penoso. Se você lê com pouca luz, seus músculos visuais podem
obter sinais mistos. Quando o objeto estiver mal iluminado, o foco torna-se
mais difícil, porque o contraste entre o texto e a página não é tão grande, o
que diminui a capacidade do olho de distinguir detalhes visuais. Essa
capacidade é chamada acuidade visual. Seus olhos têm de trabalhar mais para
separar as palavras na página, o que tensiona a musculatura ocular.
Quando seus olhos
estão trabalhando tão intensamente por um longo período de tempo, tornam-se
cansados,
assim como qualquer outro músculo. A tensão muscular pode resultar em uma série de efeitos físicos,
incluindo dores ou coceira nos olhos, dores de cabeça, nas costas, dores no pescoço e visão turva.
Para entender isso, precisamos dar
uma olhada em como nossos olhos funcionam. Ao tentar discernir as letras em
condições deficientes de iluminação, duas partes específicas do olho são
usadas: o músculo ciliar que precisa manter o cristalino instruído para ler
letras e os próprios fotorreceptores. Em luz fraca ou deficiente, os bastonetes
sensíveis à luz são particularmente importantes. Eles exigem um pigmento
especial, rodopsina, também conhecida como púrpura visual. A estrutura
molecular muda quando a luz ambiente é reduzida.
A pupila é a área em nosso olho responsável
por regular a quantidade de luz que entra na estrutura ocular. Na presença de
pouca luz, ela se abre mais e em ambientes com maior luminosidade ela se fecha
mais. Quando você entra em uma sala onde a luz é pouca, o olho
ajusta-se de várias maneiras. Em primeiro lugar, as células da haste e do cone
na retina começam a produzir produtos químicos mais sensíveis à luz. Estes
produtos químicos ao detectar a luz, a convertem em um sinal elétrico e a transmitem para o cérebro. Em segundo lugar, os músculos
da íris relaxam, o que faz com que a abertura do olho, a pupila, se torne muito
grande. Isso permite que seu olho passe a recolher o máximo de luz possível.
Finalmente, as células nervosas da retina se adaptam de modo que possam
funcionar com pouca luz. Quando você lê, o olho deve ser capaz de focar uma
imagem das palavras em sua retina. Para fazer isso, a íris, bem como os
músculos que controlam a forma da sua lente devem contrair para manter a imagem
focada sobre a retina .
Enquanto a visão é um processo complicado, o olho apenas recebe a luz.
ü A pergunta que não quer calar:
LER COM POUCA LUMINOSIDADE, ENFRAQUECE A VISÃO?
Bibliografia:
·
FONSECA,
Ingrid Chagas Leite da. A Qualidade da Luz e sua Influência sobre a Saúde, o
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CASTRO, Iara Sousa ; RHEINGANTZ, Paulo Afonso ;
GONÇALVES, Aldo Moura .Cognição e
percepção visual: a influência da iluminação artificial sobre uma atividade de
trabalho realizada em um ambiente de trabalho informatizado confinado, 2006. Disponível em:http://www.fau.ufrj.br/prolugar/artigos.htm
Autoria :
Ariel Pereira - Licencianda de ciências biológicas UFRJ
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