Chegamos ao momento dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de
2016! O momento do acolhimento dos turistas, vários povos, várias línguas,
costumes diferentes. Como os atletas estão sendo recepcionados?Afinal, como a
população que reside em nosso país está lidando com os jogos que durarão cerca
de 2 semanas?
Desde 2009, quando o Brasil soube que sediaria os Jogos
Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, o Rio de Janeiro se preparava para receber
os turistas, atletas e para uma série de modificações e mudanças na arquitetura
e logística da cidade para poder realizar os jogos. Para
que ocorressem essas mudanças, foram necessárias várias transformações na
cidade, como na sua infraestrutura, construções de vias expressas (BRT e VLT),
vilas para os esportistas se hospedarem, construções e revitalização de
estádios para o treinamento das diversas equipes, o que exige infraestrutura
diferenciada para cada modalidade olímpica. A cidade sede teve que se adequar
para receber os jogos.
Os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos implicam no aumento de turistas visitando a região, não
apenas os jogadores, mas pessoas que irão ver os jogos, gerando assim entrada
de dinheiro no país. Com a construção de estádios, obras para a infraestrutura,
necessidade de pessoas bilíngues para ajudar os turistas e, consequentemente,geração
de empregos, o que, momentaneamente, é bom para a população. Com a transmissão para o mundo todo hámaior visibilidade do país no exterior, gerando possíveis
empreendimentos no país vindos de outros países. O prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes
defende:
"Tenho muita convicção de que a história da
Olimpíada é bastante diferente do que foi a história confusa da Copa do Mundo.
O modelo construído e a maneira como está se fazendo, inclusive do ponto de
vista orçamentário, é algo bastante diferente", (A Olimpíada) é uma
oportunidade de mostrar um Brasil diferente do país que atrasa licitações e
superfatura preços. (...) É uma enorme oportunidade de transformação",
completou, mencionando, em seguida, a expansão da rede hoteleira do Rio de
Janeiro (Fonte:
BBC Brasil).
A
construção de 12 centros de treinamento de diversas modalidades, 261 Centros de
Iniciação do Esporte, 46 pistas oficiais de atletismo e dez instalações
olímpicas no Rio de Janeiro, além da compra de equipamentos de ponta em vários
Estados podem ser vistos como exemplos positivos.
"Os investimentos, superiores a R$
4 bilhões, têm proporcionado a construção e a consolidação de uma Rede Nacional
de Treinamento, com unidades que beneficiarão brasileiros em todas as regiões,
contribuindo para a formação de novas gerações de atletas”, afirmou Pedro Trengrouse, especialista em Gestão, Marketing e
Direito no Esporte da FGV, que foi consultor da ONU para a Copa. (Fonte: www.brasil2016.gov.br)
Em
contrapartida, temos o outro lado desta mesma moeda, os aspectos negativos que
a população tem manifestado em relação as Olimpíadas. Dinheiro que está sendo
gasto para melhoria de estádios, centros de treinamento, poderiam ser
investidos em saúde, escolas, melhorias mais efetivas para a população. Obras
em atraso, que acarretaram um orçamento muito maior que o previsto, também são
alvos de críticas. Além de alunos terem suas férias atrasadas por causa dos
jogos. Mudanças na rotina dos cariocas, com ruas serão interditadas,
impossibilitando o livre acesso não são bem vistas.Os
feriados e paralisações provocadas pelos Jogos terão um impacto negativo na
produção industrial e na economia como um todo. Sem contar com o possível
aumento da violência em função de uma grande quantidade de turistas.
Mal foi inaugurada, a Vila Olímpica (ou Vila dos Atletas) já apresentou
problemas. A delegação da Austrália deixou o local para ir a hotéis e emitiu um
comunicado em que diz: “nos prédios há cheiro de gás, vazamento de água e
defeitos na eletricidade”.
"A delegação da
Austrália enfrentou um problema, que é compreensível. A gente tinha que ajustar
isso; e aí quis dizer que a gente queria dar um ambiente australiano [ao dizer que ia levar um canguru para a portaria do prédio]. Tenho certeza que o Comitê
Organizador vai cumprir seu papel. A prefeitura está ajudando e a situação hoje
é bem melhor. O prédio da Austrália, de fato, é o pior prédio. Há ajustes que
têm de ser feitos", afirmou o Prefeito Paes, acrescentando que os custos
extras de hospedagem dos australianos serão cobertos pelo Comitê Organizador.
Pessoas de diversos locais do mundo estarão aqui no Brasil
para conhecer a cidade e conhecer um pouquinho da nossa cultura. Será difícil a adaptação ao clima e ao idioma. Dependerá
dos brasileiros a recepção calorosa, seja em protestos ou em alegria e
comemoração na festa olímpica!
Questão para debate:
Na sua opinião, o Rio de Janeiro está pronto em todos os
aspectos para sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016?
Bibliografia :
Portal Brasil. Informe-se sobre preparativos para
os Jogos Olímpicos de 2016.Disponível em:http://www.brasil.gov.br/esporte/2012/04/informe-se-sobre-preparativos-para-os-jogos-olimpicos-de-2016. Acesso em: 30/07/2016.
Nova escola. Olimpíadas de 2016: um legado para o
Brasil?. Disponível em: <http://novaescola.org.br/ensino-medio/olimpiadas-legado-rio-janeiro-792726.shtml>.Acesso em:
30/07/2016.
Costas, Ruth. Rio 2016: Olimpíada atrapalha ou ajuda o Brasil
em recessão?. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150803_olimpiada_ru>. Acesso em: 30/07/2016.
Carneiro, Júlia Dias. Em um ano, Jogos de 2016 vão de
'mais atrasados' a 'andando nos trilhos'. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/04/150428_olimpiadas_atrasos_mudancas_pai_jc >. Acesso em: 30/07/2016.
Infraestrutura
esportiva. Disponível em : http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/pais-sede/investimentos-federais.
Acesso em: 30/07/2016.
Autoria:
Juliana Lima de Asevêdo de Avelar Almeida / Licencianda em
Ciências Biológicas
Bolsista Pibex UFRJ
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