Beber ou não beber? Haja coração!
‘Antioxidante’ é um conceito
conhecido popularmente por estar relacionado ao antienvelhecimento, por
conservar a pele ‘jovem’. Esta propriedade é característica das frutas
vermelhas ou arroxeadas como o morango, a uva, o açaí e a acerola, frutas mais
conhecidas e outras como o mirtilo, a framboesa, a amora e a cereja. Por essa
razão, durante muitos anos acreditou-se que a ingestão diária de um cálice de
vinho era benéfica para uma boa saúde e uma vida longa. Pesquisa realizada por
alunas do Departamento de Bioquímica da USP aponta que o processo oxidativo
pode causar vários danos às nossas células e, consequentemente, à nossa saúde,
como por exemplo, mutações e até morte celular. Isso porque os antioxidantes,
como o nome já sugere, combatem a oxidação, ou seja, impedem que os radicais
livres das moléculas de oxigênio modifiquem a estrutura das moléculas presentes
no nosso corpo.
Contrariando esta ideia,
cientistas isolaram uma molécula antioxidante do vinho tinto e descobriram que
“antioxidantes não retardam o
envelhecimento e podem causar câncer”. A afirmação foi feita pelo famoso
cientista Dr. James Watson, o mesmo que participou da descoberta do DNA! Apesar
de antigos estudos, que foram realizados com animais de laboratório, revelarem
que os antioxidantes traziam benefícios, novos estudos e realizados em seres
humanos levaram diversos pesquisadores a questionar o teor milagroso dos
antioxidantes.
Cientistas da Universidade de
Copenhague, na Dinamarca, descobriram que uma dieta rica em resveratrol (composto antioxidante
natural encontrado nas uvas vermelhas) pode impedir vários benefícios das
atividades físicas, por exemplo, evitando que os exercícios promovam a redução
do colesterol e melhoras na capacidade cardiovascular. Além disso, os radicais
livres (responsáveis pela oxidação) geralmente tidos como vilões podem ser
necessários ao corpo, ocasionando respostas saudáveis. Curiosamente, também, as
células cancerígenas são mortas durante a radioterapia através do processo da
oxidação, ou seja, por meio dos radicais livres. Além disso, os radicais livres
são importantes para o funcionamento dos músculos, por exemplo, controlando a
força das batidas do coração, no controle do apetite e, contrariando resultados
de pesquisas anteriores, que os radicais livres podem ter efeito contra o
envelhecimento!
Gerando mais polêmica, estudos
afirmam que o oxigênio pode ser tóxico e tem sido associado ao envelhecimento e
ao desenvolvimento de doenças crônicas. Cientistas da Universidade Hallym, na
Coreia do Sul apontam que os antioxidantes seriam indispensáveis na nossa dieta
alimentar, sendo responsáveis pela defesa contra a oxidação, mantendo um papel
fundamental na manutenção do equilíbrio do corpo, por suas propriedades anti-inflamatórias
e por reduzirem o envelhecimento precoce da pele. Pesquisas apontam que existem
grandes possibilidades de que os antioxidantes sejam usados futuramente no
tratamento de doenças que tenham surgido por causa de processos oxidativos.
Questão para debate:
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Referências bibliográficas:
- ALVES, Líria. Alimentação antioxidante. Disponível em: http://www.brasilescola.com/quimica/alimentacao-antioxidante.htm
- Antioxidantes não têm poderes mágicos e podem fazer mal. Disponível em: HTTP://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=antioxidantes-nao-tem-poderes-magicos-fazer-mal&id=9084
- Como os antioxidantes aceleram o câncer. Disponível em: HTTP://diariodasaude.com.br/news.php?article=antioxidantes-aceleram-cancer-nao-protegem-contra-cancer&id=9887
- CERQUEIRA, Fernanda Menezes; MEDEIROS, Marisa Helena Gennari de; AUGUSTO, Ohara. Antioxidantes dietéticos: controvérsias e perspectivas. Revista Química Nova, Vol 30, No. 2, 441-449,2007.
Fontes das imagens:
- http://www.vinhosim.com.br/2012/07/mais-uma-do-resveratrol-uma-taca-de.html
- http://corposuplemento.com.br/blog/saude/antioxidantes-x-radicais-livres/
- http://cosmeticossimplesassim.blogspot.com.br/2010/06/creme-com-ativos-antioxidantes-na.html
Autoria:
Danielle Barbosa,
Sorahia Qualhano, Bárbara Miranda e Nádia Isabel
(Professoras da Escola Municipal Chile)
(Professoras da Escola Municipal Chile)
Maiara Pereira Barreto
(Licencianda em Ciências Biológicas e Bolsista
PIBEX/UFRJ)
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