Get me outta here!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

EVOLUÇÃO DO CÉREBRO EM MAMÍFEROS: EM MOSAICO OU COORDENADA?

A importância de se ter um cérebro grande sempre é associada a ter mais inteligência.
Mas como o cérebro aumenta de tamanho?
Visto que o cérebro é dividido em regiões, há duas teorias que explicam o aumento do tamanho do cérebro: a primeira afirma que se pode aumentar regiões relacionadas com a inteligência, sem aumentar áreas de controle motor, por exemplo, forma-se um mosaico, isto é, uma área aumenta sem que haja aumento de outras áreas do cérebro. Na segunda teoria, só é possível aumentar as regiões cerebrais de forma coordenada, isto é, haveria um crescimento uniforme!
Barbara L. Finlay e Richard Darling da Universidade de Cornell nos EUA sugerem que o cérebro aumenta como um todo, dado que existe uma correlação entre o tamanho de cada estrutura e o tamanho total do cérebro.
Por outro lado, Robert Barton e Paul Harvey da Universidade de Oxford, encontraram aumento entre áreas funcionalmente ligadas e não em todo cérebro.
Há muitos estudos nessa área ainda, porém, estudos recentes mostram que o cerebelo - área relacionada ao equilíbrio - do elefante, ao contrario do cerebelo de todos os outros mamíferos, cresce independentemente do córtex, sugerindo que nos elefantes as estruturas não crescem ao mesmo tempo.

 
FIG.1: O alien da esquerda mostra que suas 
estruturas do córtex são maiores que as do cerebelo!


Para ‘aumentar’ o debate:
Será que ter um cérebro maior significa ter mais inteligência?
Qual das teorias você julgaria correta? Justifique-se a partir das teorias apresentadas.


                   http://psychology.uwo.ca/undergraduate/psych347g/f&d.pdf

Autora: Kamilla A. de Souza (Licencianda do curso de Ciências Biológicas da UFRJ).

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

GLIFOSATO, É BOM OU NÃO É?

Glifosato é um biocida utilizado para controlar plantas daninhas em vários ambientes e para matar pragas, por isso é considerado um agrotóxico. Biocida, como o nome diz, mata tudo o que tem vida!
As pragas ou plantas daninhas são elementos próprios e fundamentais à vida de determinados biomas. Tornam-se resistentes com a utilização de biocidas, sendo então necessário cada vez mais aumentar a dose para matar as pragas e plantas daninhas. O glifosato tem um apelido, “mata-mato”!

Argumentos favoráveis:
O glifosato, chamado de N-(fosfonometil) glicina, é um herbicida sistêmico e não seletivo. O glifosato foi extensivamente avaliado em estudos sobre toxicidade para: mamíferos, ecotoxicidade e destino ambiental. A avaliação serve para dar suporte aos registros que liberam o uso do herbicida em vários países. O princípio ativo do produto foi também investigado cientificamente por pesquisadores independentes para considerações no âmbito da sua regulamentação. A conclusão unânime das principais agências regulatórias de vários países e de especialistas da área é que o uso comercial de glifosato não representa risco para o meio ambiente ou para humanos e animais quando utilizado de acordo com o registro de uso e as recomendações contidas na bula e no rótulo do produto.
Outro aspecto importante do glifosato é que este herbicida é um dos principais responsáveis pela viabilização e pelo crescimento da área com Plantio Direto no mundo e, em especial, no Brasil, o que tem um apelo ambiental muito grande não apenas pelo perfil de segurança do glifosato, mencionado acima, mas também por todos os benefícios advindos do uso dessa prática conservacionista de manejo de solo.
 O Plantio Direto é um sistema de produção agrícola essencial para o uso sustentável do solo, pois reduz ou elimina os problemas de erosão e empobrecimento de sua fertilidade. Esse sistema de plantio reúne um conjunto de técnicas que visam diminuir a excessiva movimentação que ocorre nos sistemas de plantio convencionais e que tem impacto direto sobre a qualidade do solo. Através desta prática, a semeadura é feita diretamente no solo não preparado, num sulco de largura e profundidade suficientes apenas para cobrir a semente. Entretanto, o Plantio Direto é técnica e economicamente inviável se as plantas daninhas e os restos culturais da rotação de culturas não forem adequadamente controlados através de herbicidas. Logo, o glifosato proporciona uma situação favorável à maior adoção desse sistema de plantio e é o produto mais utilizado na dessecação dos restos culturais deixados no campo como cobertura vegetal.
Figura 1 – Embalagem do Glifosato com informações de uso.


Argumentos contrários:
            O glifosato é uma molécula que foi sintetizada e que tem a capacidade de “sufocar” a planta quando interrompe a produção de três aminoácidos, isto é, as proteínas que são formadas ficam defeituosas, e as plantas acabam morrendo, pois não conseguem sintetizar as proteínas adequadas (NODARI, 2012). 
                O anatomista e professor da Universidade Federal de Pelotas, Althen T. Filho alerta que existem pesquisas realizadas em ratos que mostraram que o Glifosato Roundup foi responsável pela desregulação hormonal e diminuição significativa da produção de testosterona (hormônio sexual masculino), corroborando efeitos tóxicos sobre o sistema reprodutivo endócrino. E, se ocorre em testículos, pode-se inferir que os ovários sofram iguais efeitos, já que ambos têm a mesma origem embriológica. Realço que as consequências para as mulheres são muito mais terríveis, pois elas não renovam seus gametas que, uma vez agredidos ou alterados, as gestações terão altíssima possibilidade de gerar problemas (morte fetal, mal formações em fetos, etc.). Outros estudos já relacionaram o mesmo produto ao câncer de próstata.
                O pesquisador relembra que o DDT “veio para salvar a humanidade das pragas” e afirma que acabou sendo responsável pela morte de muitos e ainda está presente em todo o planeta. Para o pesquisador o DDT é um veneno que, de fato, só serviu para enriquecer seus produtores. A mesmíssima coisa ocorre com o glifosato, que não é biodegradável como mentiam as primeiras embalagens e propagandas, e a empresa que comercializa o produto, a Monsanto, foi punida por isto. (FILHO, 2011).
                É deixa um alerta: “É fundamental a consciência de que estas substâncias são “químicos sintéticos”, ou seja, não existiam na natureza e agora são jogados às toneladas sobre o planeta. Só a China produz 800.000 ton/ano do veneno glifosato”.

Criança contaminada com glifosato.



DEBATE EM SALA DE AULA:

Depois destas informações a pergunta que não quer calar: 

GLIFOSATO, é bom ou não é?

Bibliografia:
1. Vicente, Dorival Informações técnicas sobre o herbicida glifosato. Acesse em: http://www.sementesfiscalizadas.com.br/artigos/8/informacoes-tecnicas-sobre-o-herbicida-glifosato/;
        2. Nodari, Rubens Glifosato: todo veneno deveria ser proibido. Acesse em:  http://www. nossofuturoroubado.com.br/arquivos/maio_10/glifosato.html
       3. Filho, Althen T. Os agrotóxicos e as sementes transgênicas, 19 de junho de 2011. Acesse em: http://www.viomundo.com.br/denuncias/presidente-da-cntbio-vai-beber-glifosato.html;
      4. Filho, Althen T. Química de crimes de guerra em tempos de paz. Acesse em: https://groups.google.com/forum/#!topic/rede-de-sementes-crioulas/o3i07CF_1vs.


Fonte Imagens:


Para mais consultas:
2.       Romano, Renata Marino; Romano, Marco Aurélio, Oliveira; Cláudio Alvarenga. Arch Toxicol, nº 84, pág. 09–317, 2010.
3.       Romano, R. M. et al. Chem. Res. Toxicol, nº 23, 1586–1595, 2010.
Vídeos:
"O mundo segundo a Monsanto" (no YouTube)

Autora: Mariana Passos Guimarães (Licencianda em Ciências Biológicas, UFRJ)