A Amazônia, um
ecossistema de 6,9 milhões de quilômetros quadrados, envolve nove países da
América do sul - Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana,
Suriname e Guiana Francesa. A maior parte do bioma amazônico fica no Brasil
cobrindo 4,2 milhões de quilômetros quadrados, 49% do território nacional, se
distribuindo em nove estados: Amazonas, Pará, Mato Grosso, Acre, Rondônia,
Roraima, Amapá, parte do Tocantins e parte do Maranhão.
Há muito a Amazônia vem
sofrendo desmatamentos devido à extração de madeiras, expansão de assentamentos,
crescimento das áreas agrícolas, ampliação das áreas de criação de gado e, especialmente,
aumento das plantações de soja.
Segundo o Sistema de
Alerta de Desmatamento o desmatamento acumulado no período de agosto de 2012 a
maio de 2013 totalizou 1.654 quilômetros quadrados de floresta. Esse índice
representa um aumento de 89% em relação ao período anterior (agosto de 2011 a
maio de 2012), quando o desmatamento somou 873 quilômetros quadrados.
Com o crescimento do
desmatamento a população poderá sofrer consequências. Por exemplo, as árvores
que deveriam estocar entre 80 e 120 bilhões de toneladas de carbono, com o
desmatamento não cumprem seu papel e o gás acaba indo parar na atmosfera. Outros
resultados da eliminação da cobertura vegetal são, principalmente, a redução da
umidade do ar, a erosão do solo e a degradação das áreas de bacias
hidrográficas. Na Amazônia temos uma grande biodiversidade de vegetais,
mamíferos, pássaros e insetos, que podem ser extintos com o desmatamento.
Para as populações que
vivem neste ecossistema as consequências também são graves: desequilíbrio
social, econômico e a diminuição da qualidade ambiental. As matérias primas
extraídas por comunidades da Amazônia, e das quais dependem para a sua sobrevivência
nesse território, como essências, óleos, sementes, frutos, peixes etc e, mesmo
os materiais coletados para estudos científicos de novas espécies estão
ameaçados. A ideia de que a economia e o desenvolvimento da Amazônia estão
garantidos pelo extrativismo, portanto, se torna um sonho irrealizável.
A Amazônia mesmo
enfrentando as consequências do avanço do desmatamento tem sua importância para
o equilíbrio ecológico de nosso planeta. Há uma proposta para o Brasil zerar o
desmatamento até 2015 e, dessa forma, ajudar a diminuir o aquecimento global.
Devem se legitimar leis para a proteção de áreas de conservação e monitorar as
terras para que não haja mais desmatamento. Somente uma relação entre homem e
natureza que não seja baseada no consumo e na exploração irracional do que a
natureza produz poderá transformar este quadro de destruição.
Debate em sala de aula:
Ø Você
consegue estabelecer uma relação entre desmatamento e pobreza?
Ø Quais as consequências da destruição do ecossistema amazônico para o equilíbrio socioambiental dos moradores da região e quais as consequências para o planeta?
Ø Quais as consequências da destruição do ecossistema amazônico para o equilíbrio socioambiental dos moradores da região e quais as consequências para o planeta?
Fontes:
Fontes das imagens:
Por Tatiane Santana
(Licencianda em
Pedagogia, Universidade Federal do Rio de Janeiro)