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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Beber ou não beber? Haja coração!


 Beber ou não beber? Haja coração!



‘Antioxidante’ é um conceito conhecido popularmente por estar relacionado ao antienvelhecimento, por conservar a pele ‘jovem’. Esta propriedade é característica das frutas vermelhas ou arroxeadas como o morango, a uva, o açaí e a acerola, frutas mais conhecidas e outras como o mirtilo, a framboesa, a amora e a cereja. Por essa razão, durante muitos anos acreditou-se que a ingestão diária de um cálice de vinho era benéfica para uma boa saúde e uma vida longa. Pesquisa realizada por alunas do Departamento de Bioquímica da USP aponta que o processo oxidativo pode causar vários danos às nossas células e, consequentemente, à nossa saúde, como por exemplo, mutações e até morte celular. Isso porque os antioxidantes, como o nome já sugere, combatem a oxidação, ou seja, impedem que os radicais livres das moléculas de oxigênio modifiquem a estrutura das moléculas presentes no nosso corpo.


Contrariando esta ideia, cientistas isolaram uma molécula antioxidante do vinho tinto e descobriram que “antioxidantes não retardam o envelhecimento e podem causar câncer”. A afirmação foi feita pelo famoso cientista Dr. James Watson, o mesmo que participou da descoberta do DNA! Apesar de antigos estudos, que foram realizados com animais de laboratório, revelarem que os antioxidantes traziam benefícios, novos estudos e realizados em seres humanos levaram diversos pesquisadores a questionar o teor milagroso dos antioxidantes. 


Cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, descobriram que uma dieta rica em resveratrol (composto antioxidante natural encontrado nas uvas vermelhas) pode impedir vários benefícios das atividades físicas, por exemplo, evitando que os exercícios promovam a redução do colesterol e melhoras na capacidade cardiovascular. Além disso, os radicais livres (responsáveis pela oxidação) geralmente tidos como vilões podem ser necessários ao corpo, ocasionando respostas saudáveis. Curiosamente, também, as células cancerígenas são mortas durante a radioterapia através do processo da oxidação, ou seja, por meio dos radicais livres. Além disso, os radicais livres são importantes para o funcionamento dos músculos, por exemplo, controlando a força das batidas do coração, no controle do apetite e, contrariando resultados de pesquisas anteriores, que os radicais livres podem ter efeito contra o envelhecimento!
Gerando mais polêmica, estudos afirmam que o oxigênio pode ser tóxico e tem sido associado ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças crônicas. Cientistas da Universidade Hallym, na Coreia do Sul apontam que os antioxidantes seriam indispensáveis na nossa dieta alimentar, sendo responsáveis pela defesa contra a oxidação, mantendo um papel fundamental na manutenção do equilíbrio do corpo, por suas propriedades anti-inflamatórias e por reduzirem o envelhecimento precoce da pele. Pesquisas apontam que existem grandes possibilidades de que os antioxidantes sejam usados futuramente no tratamento de doenças que tenham surgido por causa de processos oxidativos.


Questão para debate:

  1. A oxidação e a antioxidação são processos biológicos naturais, podendo trazer benefícios ou malefícios. Que tal tirar suas próprias conclusões sobre esses estudos? Entreviste seus familiares e conhecidos que costumam beber vinho tinto e os que não costumam beber. Compare as informações relativas à saúde e disserte sobre as consequências (boas ou ruins) causadas pelo consumo desta bebida.


Referências bibliográficas:


Fontes das imagens: 


Autoria:

Danielle Barbosa, Sorahia Qualhano, Bárbara Miranda e Nádia Isabel
(Professoras da Escola Municipal Chile)

Maiara Pereira Barreto 
(Licencianda em Ciências Biológicas e Bolsista PIBEX/UFRJ)


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