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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

BIODIVERSIDADE AMEAÇADA E O COMERCIO DE ANIMAIS SILVESTRES



Você já parou para observar os animais ao seu redor? Já foi ao zoológico e se deparou com as muitas espécies e os diversos animais que estão presentes no local?
Se observarmos ao redor temos uma grande variedade de animais, plantas, a ainda aqueles seres vivos que não podemos observar a olho nu, os microrganismos. Eles possuem as mais variadas formas, ocupam os mais variados ecossistemas, e dão a sua parcela de contribuição para o equilíbrio ecológico do planeta.

 O Brasil é considerado um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo. Mas por aqui existem muitas espécies que estão à beira da extinção! Algumas dessas espécies ameaçadas (ou já extintas), só chegaram a esse ponto devido a sua utilização em atividades humanas, principalmente pelo seu comércio ilegal, pelo desmatamento de seu habitat e/ou escassez de sua alimentação. Devido a todos esses fatores de risco a biodiversidade o governo tem criado várias campanhas para combater, por exemplo, o tráfico de animais e o desmatamento.
Com a extinção de espécies as gerações futuras nem chegarão a conhecê-las!

O que é extinção?
Extinção em biologia e ecologia é o total desaparecimento de espécies, subespécies ou grupos de espécies. O momento da extinção é geralmente considerado quando da morte do último indivíduo da espécie.
            Fonte: http://eco.ib.usp.br/lepac/conservacao/ensino/conserva_extincao.htm

Os animais são importantes para diversos fatores que levam ao equilibro da vida como a manutenção da cadeia alimentar e desempenham suas atividades em comunidades do ecossistema, garantindo a cadeia da vida, e até para a constante construção da nossa história.

Um relatório do Planeta Vivo, elaborado pela WWF (Fundo Mundial para a Natureza), em 2008, aponta uma queda significativa na quantidade de espécies entre 1970 a 1995. Este estudo monitorou diversas espécies e chegou a triste conclusão de que 35% dos animais de água doce foram extintos neste período. Com relação aos animais marinhos, a perda foi maior, pois atingiu a ordem de 44%. Outro relatório importante da União para a Conservação da Natureza (UICN, sem data, citado por MACHADO e outros, 2008) mostrou que um quarto das espécies conhecidas pelo homem estão ameaçadas de extinção. Veja a foto de algumas dessas espécies:



Ararajuba

Também conhecida como Guaruba, essa ave verde e amarela, existe somente na Amazônia e vem sofrendo com o tráfico e o desmatamento do bioma.  





Baleia-franca-do-sul          

 Também conhecida como baleia-franca-austral, essa baleia, encontrada no litoral brasileiro, vem sofrendo com a caça, pesca, bem como a poluição das águas. Na época de ter os filhotes, as mães buscam águas mais quentes e rasas para darem à luz.




Macaco-aranha                  
Encontrado principalmente na Amazônia, esse macaco enfrenta problemas como o desmatamento de seu habitat, caça ilegal e o tráfico de animais. Existem algumas espécies e subespécies: o A. paniscus; o A. belzebuth que coabita com os Yanomamis, sendo muito caçado por esses índios. O A. chamek, conhecido como macaco-aranha-de-cara-preta, que apesar da ampla distribuição sofre com a construção de hidrelétricas, rodovias e linhas de transmissão. 




Você sabia?  Em 1 de outubro tem início a Semana de Proteção aos Animais, e que 4 outubro é o Dia dos Animais?  
Fonte:
http://www.aesabesp.org.br/projetos-socioambientais/calendario.html)

Alguns animais despertaram o interesse humano muito antes da colonização, como o caso de muitas aves que foram domesticadas pelas populações indígenas.
O Ibama estima que 82% dos animais comercializados entre 1999 e 2000 são aves.

No Brasil existem feiras livres para a venda de diversos animais. Muitas vezes os órgãos ambientais não conseguem monitorar todo o comércio popular, e os animais são submetidos a situações criticas, sendo aprisionados em gaiolas extremamente lotadas e transportados sem alimento ou água.

“O tráfico de animais silvestres constitui o terceiro maior comércio ilícito do mundo, perdendo apenas para o tráfico de narcóticos e armas. Os principais locais de captura dos animais estão nos estados da Bahia, Pernambuco, Pará, Mato Grosso e Minas Gerais, sendo escoados para as regiões Sul e Sudeste, onde se encontram os principais consumidores. Segundo relatório da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), em relação ao tráfico internacional, os principais destinos são Europa, Ásia e América do Norte. estima-se que cerca de 90% dos animais traficados morrem antes de chegarem aos destinos finais devido às condições inadequadas desde a captura e manutenção, mas, principalmente, do transporte”  (RIBEIRO, SILVA, 2015).

Questão para Debate:

Você concorda com a venda de animais silvestres em feiras não autorizadas? O que acha mais importante, ter um animal silvestre em casa ou garantir sua sobrevivência em seu habitat natural?


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AESABESP. Calendário Socioambiental. Disponível em <http://www.aesabesp.org.br/projetos-socioambientais/calendario.html> Acesso em 02 Nov 2015.
DESTRO, Guilherme. PIMENTEL, Tatiana. SABAINI, Raquel. BORGES, Roberto. BARRETO, Raquel.  Esforços para o combate ao tráfico de animais silvestres no Brasil. Disponível em <http://www.ibama.gov.br/sophia/cnia/periodico/esforcosparaocombateaotraficodeanimais.pdf> Acesso em: 21 Out 2015
LAGANKE, Roberto. Extinção de Espécies. Disponível em: <http://eco.ib.usp.br/lepac/conservacao/ensino/conserva_extincao.htm>. Acesso em: 25 Out 2015.
Lista de Animais em extinção no Brasil, de 20 de agosto de 2015. Disponível em: <www.todamateria.com.br/animais-em-extincao-no-brasil/> Acesso em: 23 Out 2015
MACHADO, Angelo Monteiro. DRUMMONT, Glaucia Moreira. PAGLIA, Adriano.  Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. Disponível em: <http://www.bibliotecaflorestal.ufv.br/handle/123456789/5153> Acesso em: 20 Out 2015.
RIBEIRO, Leonardo; SILVA, Melissa. O comercio ilegal põe em risco a diversidade das aves do Brasil. Disponível em http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252007000400002&script=sci_arttext. Acesso em: 25 Out 2015.


AUTORIA:

Jacykaysla Pacheco da Silva - Licencianda em Ciencias Biológicas/Bolsista Pibex



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